Cabaret (São Paulo)

Musical é estrelado e produzido por Cláudia Raia

Estreia em São Paulo “Cabaret”, montagem brasileira de um dos musicais mais premiados no mundo, estrelado e produzido por Cláudia Raia. Em seu 10º musical, a atriz realiza antigo sonho de interpretar a prostituta Sally Bowles em uma produção luxuosa, com direção de José Possi Neto, figurino de Fábio Namatame, versão brasileira de Miguel Falabella e ainda direção musical e vocal do maestro Marconi Araújo.
Encenado pela primeira vez há exatos 45 anos por Joe Masteroff, a partir do livro de Christopher Isherwood, com música de John Kander e letras de Fred Ebb, “Cabaret” foi sucesso não só no teatro, como no cinema, quando consagrou Liza Minnelli, em 1972, no longa-metragem dirigido por Bob Fosse. Para Cláudia, um sonho que persegue há anos. A primeira versão brasileira do musical foi feita em 1989, por Jorge Takla, Cláudia não pôde aceitar o papel, pois estava comprometida com a novela "Rainha da Sucata", da TV Globo. “Foi uma brincadeira de 'Tom e Jerry' entre eu e a Sally desde então”, diz.
A atriz tentou comprar os direitos da peça na década de 90. Em 2000 foi novamente convidada para outra montagem (que não saiu do papel), mas outra novela a fez adiar novamente os planos. E de lá pra cá, ela e Sandro Chaim, produtor geral do espetáculo, ficaram atentos a liberação dos direitos para compra. “Um dia eu cheguei para o Chaim e disse: 'Preciso fazer 'Cabaret' antes de estar andando de bengala'. Ele foi atrás dos direitos autorais assim que foram liberados e conseguiu”, conta.
A espera, segundo a atriz, só trouxe vantagens. "Há 20 anos acho que não tinha a maturidade que Sally merece. Agora consigo ver um pouco mais as filigranas desse personagem, as 'cascas de cebola', e quanta coisa ela pode ser", explica.
Na peça ambientada em uma casa noturna de Berlim, às vésperas da 2ª Guerra Mundial, Cláudia vive a prostituta inglesa Sally, que inicia relacionamento com o recém-chegado escritor americano Cliff Bradshaw (Guilherme Magon). Paralelamente, surge o caso de amor entre uma alemã (Liane Maya) e um judeu (Marcos Tumura). Jarbas Homem de Mello vive o mestre de cerimônicas MC, que conduz a história. “Temos dramaturgia forte e pesada, mas alegre. Conseguimos ir do cômico ao trágico com muita velocidade, graças ao Possi que tem uma mão maravilhosa para isso”, elogia a protagonista. A montagem traz ainda 21 atores e 14 músicos.

Cabaret
Teatro Procópio Ferreira
Endereço: Rua Augusta
Tel.: (11) 3083-4475 | (11) 3083-4475     
Quinta, às 21h; sexta, às 21h30; sábado às 18h e às 21h30; e domingo, às 18h
Espetáculo não indicado para menores de 14 anos

Fonte: http://www.globoteatro.com.br/